Poder pede a Moussavi para "não provocar manifestações ilegais"

O poder iraniano pediu hoje ao candidato Mir Hossein Moussavi, declarado perdedor na eleição presidencial do passado dia 12, para "não provocar manifestações ilegais nem as apoiar", noticiou a agência oficial Isna.
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"Ao invés de acusar as forças da ordem e militares, espera-se de si que evite provocar manifestações ilegais e que não as apoie", afirmou Abbas Mohtaj, secretário do Conselho da Segurança Nacional, que depende do Ministério do Interior.

Os partidários de Moussavi apelaram na quarta-feira a uma nova manifestação de protesto para hoje à tarde, que foi proibida pelo governador de Teerão, Morteza Tamadone.

Tamadone advertiu que Moussavi "será responsável pelas consequências das manifestações ilegais".

O candidato da oposição escreveu uma carta aberta ao Conselho pedindo que "os elementos à civil" misturados entre as forças da ordem sejam impedidos de atacar os manifestantes e de destruir os bens dos cidadãos.

Mohtaj rejeitou estas acusações, afirmando que "uma rede provavelmente organizada por grupos ligados a estrangeiros quer perturbar a ordem pública, a tranquilidade das pessoas e provocar a insegurança" e foi responsável pelos ataques contra as universidades, casas e cidadãos.

A Amnistia Internacional declarou sexta-feira que, pelo menos, dez pessoas poderão ter perdido a vida em confrontações com as forças de segurança e milicianos armados e à civil.

Uma rádio oficial iraniana referiu apenas sete mortos nas confrontações com milicianos durante a grande manifestação de segunda-feira passada na capital.

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